Você se lembra de como nossa alegria na infância nascia de tudo que ainda não conhecíamos? Como as perguntas sem respostas eram a fonte do nosso entusiasmo? Naquele tempo, a própria exploração era mágica, e cada descoberta era uma pequena vitória. Vivíamos num mundo onde o desconhecido não era uma ameaça, mas uma promessa de algo novo. Seja curiosa!
Escolher a curiosidade em vez da certeza nos mantém nesse estado de abertura e receptividade. É como estar novamente diante de um universo em expansão, onde cada pergunta é um convite para explorar mais, para ir além do que já sabemos. Quando nos permitimos admitir que não temos todas as respostas, abrimos espaço para a transformação.
Como escreveu Mark Nepo, "Quando admitirmos que não temos a certeza para onde a vida nos está a levar, estaremos maduros para a transformação." Essa maturidade não vem da acumulação de respostas, mas da coragem de se manter curioso, de continuar perguntando.
Os melhores professores são aqueles que nos levam a abraçar o "não sei", porque sabem que é nesse espaço de incerteza que a verdadeira aprendizagem acontece. Há uma diferença profunda entre uma verdade e uma resposta. A verdade é como a luz do sol, que se estende muito além do nosso ser físico, iluminando tudo ao seu redor. Já as respostas, muitas vezes, são como nuvens passageiras – elas podem satisfazer momentaneamente, mas não têm a mesma profundidade nem permanência.
Que possamos, então, escolher a curiosidade, não por falta de respostas, mas pela alegria que vem de não precisar delas.
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