Ainda estamos no meio da semana e já estou cansada, faz sentido? Não fiz nada muito exaustivo, inclusive fiz menos do que planejei ... .e aí? Preguiça?
Parece que estamos em um espiral com passagem só de ida para o esgotamento e, segundo o psicólogo Devon Price, isso tem um nome: "Laziness Lie" ou "mentira da preguiça".
Como Price explica no seu livro, "Laziness Does Not Exist" ("Preguiça não existe"), a mentira da preguiça é um sistema de crenças que diz que o trabalho duro é moralmente superior ao relaxamento e que as pessoas que não são produtivas têm menos valor do que as pessoas que são. É um conjunto de crenças e valores ocultos, mas comumente aceito. Afeta a forma como trabalhamos, como estabelecemos limites nos nossos relacionamentos e a nossa visão sobre o que e como a vida deveria ser.
Existem três crenças fundamentais que impulsionam a repulsa da sociedade pela preguiça:
Seu valor é sua produtividade: esta ideia é problemática porque, por exemplo, as crianças, os idosos, os deficientes e as pessoas com depressão nem sempre conseguem ser produtivos.
Você não pode confiar em seus próprios sentimentos ou limites: como a produtividade é a coisa mais importante, você deve ignorar ou minimizar qualquer coisa que a atrapalhe. Se me sinto cansado no meio do dia, me culpo por isso ou digo a mim mesmo que não faz sentido me sentir assim. Este é um processo de pensamento arriscado porque nos leva a ter uma percepção distorcida desses sinais.
Sempre há mais que você poderia fazer: este é particularmente perigoso porque envolve muito mais do que apenas trabalho. Existem muitas esferas da vida pelas quais podemos nos sentir culpados ou onde podemos sentir que não somos suficientes.
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